Recentemente ouvi uma teoria que fez muito sentido para mim e gostaria de compartilhar com o maior número de pessoas possível. Você já parou para pensar na semelhança entre um vôo e uma empresa? Então faça seu check in e embarque comigo.

Quanto você está prestes a entrar na aeronave, algum colaborador da companhia aérea confere sua passagem e seu documento de identificação; ao entrar no avião você se depara com uma comitiva de comissários de bordo e, muitas vezes, o piloto também, sorrindo e lhe cumprimentando. É um primeiro ato, rápido e singelo, mas que já serve para criar uma relação de confiança. Quando você começa a trabalhar em uma empresa, acontece o mesmo: alguém da área de Recursos Humanos conduz a parte burocrática de assinatura dos documentos e depois você é recebido por um colega de trabalho ou, possivelmente, seu chefe, com sorrisos e apresentações. Uma relação que começa diferente disso já causa uma impressão estranha, certo?

Depois dos passageiros se acomodarem em suas poltronas, antes do avião decolar, o piloto simplesmente fala com os passageiros: se apresenta, apresenta as condições climáticas da viagem, o tempo de duração da mesma, o horário de chegada e a previsão do tempo no destino, entre outras informações relevantes ou não, apenas para descontrair. Na empresa, o líder tem a mesma função do piloto: apresentar a ‘casa’ para você, passar todas as informações necessárias e criar condições para que você se sinta confortável para fazer o seu trabalho. Aqui já não estamos mais na etapa de quebra-gelo (cumprimentos iniciais), mas sim o começo da relação profissional propriamente dita, ou seja, o líder tem a função de encaixar cada novo colaborador naquela engrenagem já em movimento para garantir que a sua entrada seja o mais suave e eficiente possível.

Decolagem autorizada, vôo que se inicia. A qualquer momento de turbulência ou problema técnico, o que acontece? Surge aquela voz já conhecida no alto-falante, comunicando o que está acontecendo e tranquilizando seus passageiros. Ouvir essa mensagem é fundamental para acalmar quem, ao menor tremor da aeronave, já quer saber o que está acontecendo lá fora. Reparou como é igualzinho dentro da empresa – ou deveria ser? Um líder tem como papel fundamental comunicar-se com a sua equipe, seja no início de um grande projeto, de uma semana de trabalho, de um dia, mas muito importante que o faça também ao menor sinal de problema, de turbulência, para que dê o norte a sua equipe. Pode ser que ainda não tenha clareza total do que está acontecendo ou do plano que será executado, mas omitir-se ou ausentar-se só causará mais pânico e desconfiança.

Acredito que essa analogia não termina aqui, mas o ponto fundamental que me chamou atenção foi o poder da comunicação do líder perante uma equipe. Quando estamos lá no avião, sentados em nossa poltrona – ou fazendo o nosso trabalho na empresa – e algo sai fora da rota, a primeira coisa que esperamos é uma mensagem dita por aquela voz que assumimos como nosso líder naquele trajeto. Pouso autorizado!

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