Há cerca de um mês ouvi falar que existe um Manifesto Ágil do RH, assim como existe o Manifesto Ágil para desenvolvimento de software. Fiquei muito curiosa para conhecer, afinal, vi um pouco da transformação que a cultura ágil trouxe para o mundo da TI e o quanto alguns profissionais dessa área de identificam com esses princípios mais modernos.

E no último dia 27 de novembro participei do evento TDC (The Developer’s Conference) em Porto Alegre, na trilha de RH Ágil que, pela primeira vez, compôs o evento. Fico muito feliz de ver que o olhar para as pessoas esteja ganhando espaço em fóruns de discussão de outras áreas e, mais ainda, esteja se consolidando com manifestos, princípios e valores tão bonitos e humanos.

Os valores do Manifesto Ágil de RH são:

  • Redes colaborativas mais do que estruturas hierárquicas 
  • Transparência mais do que sigilo
  • Adaptabilidade mais do que prescrição 
  • Inspirar e comprometer-se mais do que gerenciar e reter
  • Motivação intrínseca mais do que recompensas extrínsecas
  • Ambição mais do que obrigação

“Ou seja, apesar de reconhecermos valor nos itens 
à direita, valorizamos mais os itens à esquerda.”

E os princípios por trás do Manifesto Ágil do RH são:

Ajude as pessoas a se envolverem, crescerem e a serem felizes em seu local de trabalho. Incentive as pessoas a acolher as mudanças e se adaptarem quando necessário. Ajude a criar e dar suporte a uma rede de equipes capacitadas, independentes e colaborativas. Alimente e apoie a motivação e as habilidades das pessoas e equipes, ajude-os a construir o ambiente de que precisam e confie neles para realizar o seu trabalho. Facilite e estimule o crescimento pessoal, para aproveitar os diferentes pontos fortes e talentos dos colaboradores.

Para mim fica evidente uma mudança na forma de olhar e gerenciar as pessoas nas organizações: tratar as pessoas como os seres humanos que são, incentivando a autonomia e, para isso, o aumento de consciência sobre si mesmas e sobre o contexto; responsabilização de todos para criar e sustentar o ambiente de trabalho que se deseja e onde é possível ser feliz! Cada vez mais acredito e trabalho para um RH estratégico, que educa e inspira as lideranças para não terem medo de ‘empoderar’ suas equipes; muito pelo contrário, acredito que as lideranças devem ser transparentes e atuar como mentoras de um time que escolhe trabalhar pelo propósito daquela empresa; e, se/quando esse ciclo termina, sai da empresa feliz pelo caminho construído.

Vamos conversar mais sobre o tema?

Para quem quiser saber mais sobre o assunto: site do Manifesto Ágil de RH e artigo do João Paulo Coutinho.