Esse ano, finalmente, acabou. Não sei se eu vivi ele de forma mais consciente do que antes, mas olhando para trás sinto que ele foi um bocado puxado. Comecei o ano trabalhando num formato tradicional, terminei como consultora autônoma e nessa transição tive que aprender a trabalhar home office. Comecei o mestrado, me desesperei algumas vezes e hoje, algumas disciplinas depois, sei que metade já passou. Lidei com problemas hormonais, espinhas, unha roxa e uma baixa auto estima algumas vezes. Mas como tudo termina, esse ano está terminando e eu, que sou uma otimista incurável, estou na expectativa pelo próximo ano, novinho em folha, para recomeçar.

Para não perder as lições de 2018 e me preparar para 2019, revolvi fazer uma retrô – uma prática que aprendi com o Arthur, importada do mundo tecnológico de quem usa metodologia Scrum. Consiste em responder as três perguntinhas (nada) básicas abaixo. Quem sabe você se inspira para responder também?!

O que fiz e devo continuar fazendo?

– Estudar filosofia; faço aulas semanais de filosofia à maneira clássica na Nova Acrópole e me faz muito bem. O estudo comparado de diversos ensinamentos, orientais e ocidentais, me ajuda a expandir a mente e a me conhecer cada vez mais.

– Fazer amigos; um dos motivos que faz o mestrado valer a pena são as pessoas que conheci e os amigos que fiz (tem post sobre isso). Essa minha facilidade em fazer amigos é uma característica minha que agradeço por ter. Amigos nos ajudam a enfrentar os desafios do dia a dia e tornam os momentos ‘normais’ mais engraçados. Mais uma vez percebi que é possível fazer amigos no trabalho também, coisa que sempre tenho um pouco de receio.

– Trabalhar com o que me faz feliz, que é dividir o que eu aprendo. Esse ano estive mais tempo dando treinamentos em empresas e fazendo palestras, mas ainda quero mais horas dedicadas a isso. Para mim, conhecimento só faz sentido se for para mudar a vida de alguém (começando pela minha) e amo fazer parte desta mudança.

O que fiz e devo parar de fazer?

– Procrastinar; sem dúvida, foi a ‘doença’ do meu ano, até escrevi sobre o tema aqui. Lutei contra ela diariamente. O home office é ótimo, nos possibilita criar a própria rotina, aqui em casa provocou até mudanças no layout do apê, mas me fez lidar com esse hábito nada construtivo. Ainda quero melhorar nesse aspecto, ser mais produtiva e procrastinar menos, mas fico feliz por ter enfrentado esse desafio.

– Não levar a sério o cuidado com o corpo; me propus a caminhar semanalmente e não cumpri como gostaria. Minha alimentação também não foi das melhores. O nosso corpo é a nossa possibilidade de fazer mais ou menos coisas nesta vida e eu quero fazer muitas ainda, preciso cuidar melhor dele.

– Escolher estar certa em vez de estar em paz; sempre tenho a tendência de querer ganhar uma discussão ou um debate, pelo simples fato de saber que venci. Faz algum tempo que me dei conta do quão idiota isso é e, desde então, tento parar. Às vezes naturalmente me vem à cabeça a preferência por estar em paz, mas às vezes tranco o pé na discussão só para estar certa. É uma daquelas lutas interiores da gente com a gente mesmo, sabe?

O que devo começar a fazer?

– Recomeçar a escrever diariamente no meu diário (isso, redundante mesmo); já comecei e parei 2x e sempre que fazia só via vantagens. Era um momento de conversa comigo mesma, de conscientizar algumas ações e sentimentos, de consolidar aprendizados. As duas vezes que parei foi por pura preguiça ou desorganização de não reservar um momento para isso. Preciso urgentemente recomeçar esse hábito.

– Arrumar a cama diariamente. Sim, eu mesma escrevi um post sobre a importância de começar o dia com essa pequena ação concluída e não consegui incorporar o hábito.

– Postar mais frequentemente no blog. Fazer exercícios físicos de forma contínua. Me alimentar melhor. Estudar mais. Ler mais. Escrever minha dissertação. Trabalhar, trabalhar, trabalhar. Amar. Fazer mais amigos. Tudo aquilo que a gente deseja quando tem um novo ano batendo na porta. E não adianta ele ser diferente, eu que tenho que agir diferente, né?

Feliz 2019, pessoal!